Álbum de Memórias

HUSM 50 anos - 1970-2020
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Jornal A Razão traz na manchete a inauguração do Hospital Universitário no Campus. A transferência dos serviços do Hospital Universitário Centro para Camobi ocorreu dois meses antes. O novo hospital começa a funcionar com 250 leitos e 800 funcionários.

Fonte: Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria

Enviado por: Unidade de Comunicação do HUSM.
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O Reitor da UFSM, Armando Vallandro, e o diretor geral do hospital, Hugo do Amaral, inauguram o Hospital Universitário no Campus, no dia 06 de outubro de 1982. A reportagem esclarece que o atendimento ao público já vinha sendo prestado desde o mês de julho, e que a transferência para o Campus se deu em razão da falta de condições do atendimento da área clinica e cirúrgica do Hospital Universitário Setor Centro.

Enviado por: Acervo do Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria - Jornal A Razão, 07/10/1982, pag 12
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Inauguração do Hospital Universitário de Santa Maria, no Campus da UFSM. O prédio já abrigava o Hospital Psiquiátrico da UFSM – o primeiro hospital psiquiátrico instalado em um campus universitário na América Latina, que, na época, ofertava 100 leitos .

Foto: Placa de bronze da inauguração do Hospital Universitário, no Campus da UFSM.

"De outubro de 1981 a 1º julho de 1982, ocorreu à transferência do Hospital Universitário Setor Centro (HUSC) para o Campus Universitário, no bairro Camobi, passando a chamar-se Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM.

“A gestão foi feita por vários docentes da área da Saúde, eleitos em lista tríplice. Estávamos em plena ditadura, mas já com aberturas políticas e a nossa diretoria foi eleita e escolhida pelo reitor Derblay Galvão. Foi a primeira vez que no Hospital Universitário ocorreu uma eleição.

Iniciei e direção do hospital, com a minha equipe, sob a gestão do Reitor Derblay Galvão, posteriormente, tivemos a reitoria nas mãos do Armando Valandro - querido professor - que tinha como braço direito o senhora chama Wardereza Schmidt - excelente pessoa, que nos deu muito auxílio. A nossa gestão terminou na gestão do Reitor Gilberto Benetti. Nós passamos por três gestões de reitores e conseguimos com eles manter uma harmonia muito boa, muito honesta e que gerou o hospital que hoje temos aí. Sem falar nas diretorias que nos sucederam e que fizeram a consolidação, inteligente e bem feita, do hospital que ora está.

O grande problema era fechar o Hospital Universitário Setor Centro (HUSC), na Rua Floriano Peixoto. Já era um hospital obsoleto, com cargas elétricas muito diminutas, sem capacidade de adquirir novos equipamentos. A parte hidráulica também estava comprometida. A construção era velha e não foi feita para ser um hospital daquele porte. Fechado o hospital, veio a ordem absoluta do MEC para se transferir para o Campus. Foi uma luta levar o hospital universitário.

A diretoria tinha dois problemas sérios. O primeiro: levar os equipamentos do Hospital Centro para o Hospital Campus e alocar os equipamentos nas salas apropriadas. Para isso, contamos com o auxílio do corpo de Enfermagem do hospital, que foi fabuloso. Naquele tempo, nós tínhamos a enfermeira de alto padrão, querida, amorosa, Ione Rocha Lobato, que tomou conta da transferência. Conseguiu com o Exército vários caminhões e muitos homens para carregar os equipamentos. Se fazia um cordão de isolamento na frente do Hospital Centro, para que não houvesse roubo de equipamento, de materiais, de microscópio. A Ione ia junto no caminhão. Chegava em Camobi, destinava para sala tal, tal coisa.

Fora isso nós tínhamos um receio. Os docentes da área da saúde, principalmente colegas médicos, achavam que o hospital, em Camobi, não ia dar certo, porque era muito longe da cidade. Não havia transporte para lá. Achavam que os pacientes não iriam consultar, que ficava longe da residência. Que iria faltar pacientes para o ensino da Medicina e dos outros órgãos da saúde. Na verdade, havia um acomodamento. Se trabalhava no hospital centro, se trabalhava no Hospital de Caridade, que era do lado, e no consultório particular, que era na outra esquina.

Só existia, naquele tempo, a Faixa Velha de Camobi. Os doentes começaram a aparecer e isso forçou muito a instalação da Faixa Nova. Pensou-se até levar um trem que saia da Gare de Santa Maria e iria até a Gare de Camobi, e lá entraria um ramal passando por toda a Cidade Universitária. Isso não foi possível, mas está aí o Hospital Universitário. Quando a gente fica muito mal e muito doente procura onde existe o melhor atendimento. Vai o meu o abraço ao Corpo Clínico, aos médicos, aos Fisioterapeutas, aos Auxiliares de enfermagem, aos Enfermeiros, aos Técnicos Administrativos que trabalharam incessantemente por aquele hospital. Está ai o Hospital para nós, para o povo.”

Depoimento enviado Prof. Hugo Aurélio Becker do Amaral, diretor Geral do HUSM (1980 a 1986), em 30 de maio de 2021.

Enviado por: Departamento de Arquivo Geral da UFSM - fotógrafo não identificado UFSM 1986 020.001
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Reportagem publicada no Jornal da UFSM.

"Ingressei em 04 de julho de 1978. Quatro anos depois, viemos para o Campus. Na época, o Hospital não possuía ambulância. A transferência dos pacientes contou com o apoio do Exército e dos profissionais, que ajudaram, conduzindo os pacientes em seus carros particulares. Foi um processo bem lento. Demorou cerca de dois meses, até transferir todos os pacientes. Fiz inúmeras viagens nos carros do hospital. Cheguei a posar no campus algumas noites, caso precisasse, em uma emergência, buscar algum equipamento que estivesse no hospital do Centro. (...) Alguns funcionários ficaram bastante revoltados, não queriam vir do Centro para o Campus. Os horários de ônibus eram limitados, principalmente à noite. " José Luiz Fagundes, motorista do HUSM.

" Os funcionário da Direção Geral chegavam aqui, por volta das 6h30min. Fazíamos os chamados anteprojetos - espécie de Regimento Interno - para estruturar os serviços do hospital. Passávamos o dia datilografando. A cada erro, tínhamos que iniciar tudo novamente. Foram quase quatro meses de trabalho. Depois de pronto, os documentos passavam pelo mimeógrafo à tinta para fazermos as cópias e levarmos para a reunião com as comissões - formadas por professores, médicos e funcionários - para aprovação. A cada alteração sugerida, iniciava todo processo novamente. Passávamos o dia e a noite trabalhando. Para voltar para casa, tínhamos que ir a pé até a Faixa Velha para pegar o ônibus Camobi. O último horário era a meia-noite. Se perdêssemos, tínhamos que dormir aqui." José Cleomar De Gesat Reses - Assistente Administração.

“As chefias eram rigorosíssimas com o horário. Não podia atrasar. O transporte para o Campus era bem difícil no início. Lembro de uma situação que eu cheguei para trabalhar, trazida pela Polícia. Em 1982, eu estava grávida do meu segundo filho e meu marido veio me trazer. Acontece que chovia muito e, no caminho, estragou o limpador de para-brisa. Não podíamos andar assim. Paramos na Polícia Rodoviária e eu expliquei a situação. Então eles vieram me trazer de viatura. Meus colegas saíram nas janelas para ver o que estava acontecendo.” Naura Sílvia Machado Coutinho, Enfermeira

Enviado por: Departamento de Arquivo Geral da UFSM - Arquivo PDF - Fatos. pag 01
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Participação do Exército na transferência do Hospital Universitário do Centro para o Campus

“A Universidade pediu apoio do Exército para 6º Brigada de Infantaria Blindada e eles determinaram que o 4º Batalhão Logístico participasse da transferência do HUSC para o Campus. Fornecemos mão de obra especializada, que fez a desmontagem, o transporte e a montagem dos equipamentos. Os técnicos e os médicos do 4º Batalhão Logístico orientavam a companhia de intendência, sob o comando do 1º Tenente de Intendência Eduardo Maraschin. Eles desmontavam o equipamento, colocavam dentro dos caminhões Ford F600, levavam para o Campus e, sob orientação do mesmo pessoal, montavam lá. Foi uma força-tarefa que começou no mesmo período da Guerra das Malvinas, em 1982, e durou alguns meses. Envolveu um efetivo de 60 homens. Se dedicaram de corpo e alma, como se fosse um patrimônio do Exército. Era um trabalho delicado, porque tinham aparelhos de grande valor. Tinha que desmontar com calma, com precisão. O pessoal da saúde estudava os manuais para não estragar e, com todo o carinho, embarcava, acondicionava em viaturas. Às vezes, uma viatura ia só com um aparelho. Não colocava mais nada em redor, para evitar danificações, garantir que chegaria íntegro no local.” Capitão Davi Martins Correa, gestor do Museu Nacional de Artilharia

Enviado por: Assessoria de Imprensa do HUSM
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